Monday, May 5, 2014

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Friday, January 10, 2014

Dom Quixote, de Miguel de Cervantes (para crianças)


Recontada e ilustrada por Camilla Juliana Gonzalez.



Eu gostaria de contar uma história real que escutei do meu amigo Cide Hamete. Ele me contou sobre um garoto chamado Alonso que vivia numa vila em La Mancha, uma região da Espanha, em 1605. Naquela época as coisas estavam muito difícies para os espanhóis: não havia muita comida e o rei, Felipe III, estava em guerra contra outros monarcas da Europa.




Alonso tinha uma imaginação e tanto. Ele adorava ler, mas não gostava de ler qualquer livro. Ele gostava de ler sobre cavaleiros, reis e castelos.


A história começa no quintal de Alonso, assim:



- Alonso, venha brincar aqui fora, meu bem. O dia esta tão bonito! Chamou a mãe dele, Dona Antônia, que estava estendendo roupas. - Vou precisar de ajuda para alimentar os animais. Venha aqui, por favor.


- Estou ocupado. Respondeu, o garoto, do quarto sem tirar os olhos de um enorme livro de capa dura.


- Largue seu livro e venha alimentar os porcos. Disse Dona Antônia. - Sancho vai chegar a qualquer hora. Você não quer brincar com ele?


Dito e feito! Brincar com Sancho: sua atividade favorita. Sancho era seu melhor amigo; eles se conheciam desde muito pequenos.


- O que você estava lendo? Perguntou a mãe dele.


- Ah, mãe! É a melhor história do mundo. Eu estava lutando contra um dragão para salvar camponeses de dentro de uma caverna. Alonso estava tão distraído que deu milho aos porcos e cevada para as galinhas.


- Você não estava lutando contra um dragão. O cavaleiro na sua história é que estava. Nossa, olha o que você fez. Tenho que buscar mais comida para os animais.




Os porcos ficaram bem felizes com a surpresa que receberam. Alonso tentou limpar sua bagunça da melhor maneira possível, usando uma vassoura. Contuto, ao invés de limpar os grãos, ele usou a vassoura como um cavalinho de faz de conta.


- Vou te chamar de Rocinante! Ele disse. Ele encontrou uma bacia de cobre para usar como elmo. - Olha, encontrei o elmo do Cavaleiro de Ouro.


Então Sancho Pança chegou carregando uma cesta de pães, queijos e azeitonas para entregar à Dona Antônia. Ele era um menino baixinho e gorducho, com bochechas rechonchudas e olhos grandes.




- Ola, Alonso. Eu trouxe as compras que sua mãe pediu. Do que você esta brincando? Sancho perguntou.


- Eu não estou brincando. Eu sou um cavaleiro se preparando para sair em aventuras. Declarou Alonso. - E meu nome é Dom Quixote.”


Sancho sabia que quando seu amigo fazia de conta ser um cavaleiro não havia muito o que fazer, a não ser fazer de conta junto. Sancho disse: - Sinto muito, Senhor. Achei que você fosse outra pessoa. Você aceitaria essa cesta de guloseimas como um pedido de desculpas?


- Sim, desculpas aceitas. Mas você tem que me acompanhar como escudeiro. Ah, vejo que você já trouxe minha espada. Dom Quixote disse apontando para uma baguete de pão.


- Não sei se sua mãe vai gostar da idéia de você sair do quintal. Especialmente para ser um cavaleiro. Você não acabou de sarar de uma gripe? Perguntou Sancho.


- Quando eu me tornar um cavaleiro famoso, te farei governador de uma ilha. Continuou Dom Quixote.


- Uma ilha só pra mim? Excelente! Muito obrigado. Falou Sancho em voz alta.




- Vamos indo, Sancho Pança. Ajude-me com minha armadura, por favor. Dom Quixote disse, enquanto colocava a jaqueta de seu pai. - E use a Dapple para cavalgar; ela é uma burra bem dócil. Ele continuou, dando para o Sancho uma vassoura menor.


- Onde estamos indo? Perguntou Sancho.


- Vamos em direção a cidade de Villanueva, Sancho. Algo me diz que encontraremos a aventura perfeita lá.


- Devemos usar a estrada Real. É mais seguro viajar por ela do que pelas estradas menores. Adicionou Sancho.


Os dois amigos saíram pela estrada Real na direção sul. Cem passos depois de saírem, Dom Quixote exclamou: - Veja, Sancho Pança, minha linda Dulcinéia esta andando no jardim, aproveitando o sol quente.




- Quem é Dulcinéia?” perguntou Sancho, vendo apenas uma camponesa colelendo trigo. É minha dama de Tolboso. Por quê? Ela não é a menina mais bonita do mundo? Dom Quixote exclamou.


A próxima parada em suas aventuras foi numa pousada.


- Veja as quatro torres do castelo, falou Dom Quixote. Vamos atravessar a ponte levadiça cuidadosamente. Não é demais, Sancho?


Sancho respondeu, sentando na calçada: - Não, não é. Aquilo é somente uma pousada e não é um lugar para crianças. Mas Alonso fez de conta que seu escudeiro estava levando os cavalos para descansar no estábulo.

Dom Quixote entrou na pousada esperando encontrar o rei. O rei, na verdade, era o dono do lugar. Ele estava tomando café da manhã com os hospédes.


- Quem são os pais desse moleque? Disse ele, batendo seu punho tão forte na mesa que derrubou uma cesta de bisnaguinhas fresquinhas.


Sancho tentou puxar Dom Quixote da copa, mas o dono da pousada foi mais rápido e agarrou o braço do menino.


- Você não vai sair daqui sem sua mãe ou pai, garoto.



Então um garoto mais velho chamado Nicolas, ajudante do barbeiro, falou:


Eu conheço esse menino, Senhor. Eu posso levá-lo de volta para casa.
Quando eles chegaram, Dona Antônia estava super preocupada.


- Você não deve sair de casa e perambular pelas ruas. Você está de castigo: sem livros hoje a noite.


Mais tarde, Sancho foi até o quarto de seu amigo em busca de uma boa história.


- Oi, Alonso. Você pode me ler uma história?


- Sancho Pança, meu bom escudeiro. Um mágico desapareceu com meus livros. Devemos sair em busca de novas aventuras. Dom Quixote disse.




- Ah, eu não acho não. Sua mãe acabou de te avisar… Comentou Sancho.


Dom Quixote não queria saber de ficar em casa. Eles escaparam pela janela e correram pelo quintal. Dessa vez eles seguiram a estrada real na direção norte.


O plano de Sancho Pança era caminhar em círculos, esperando que Dom Quixote não percebesse. Porém, assim que começaram a caminhar, viram duas nuvens de poeira movendo-se no horizonte.




- Veja, Sancho. Gritou Dom Quixote. - Dois batalhões correndo para se enfrentar. Daqui consigo ver o Cavaleiro Prateado a direita e o Cavaleiro Negro a esquerda.


Dom Quixote correu o mais rápido possível em direção a poeira. Sancho Pança ficou para trás gritando: - São rebanhos de ovelhas!


Os pobres animais ficaram assustados e confusos. Eles tentavam escapar correndo para todas as direções. Dois pastores corriam atrás de Dom Quixote gritando para que ele parasse. Sancho também estava correndo atrás de seu amigo. - Pare. Ele gritou, colocando as mãos na cabeça. A única coisa que realmente parou o cavaleiro foram as ovelhas. Durante sua escapada desvairada, uma delas derrubou Dom Quixote.




Mais uma vez Nicolas salvou Dom Quixote de uma bela encrenca. Ele desceu o morro e ofereceu aos pastores algumas moedas de ouro. Ele voltou até onde o menino estava, colocou-o em seu ombro e começou a caminhar em direção à vila.


- Por que você esta me carregando, barbeiro? Dom Quixote quis saber, sentindo-se muito ofendido.


- Eu realmente quero te levar pra casa. Respondeu Nicolas baixando suas sobrancelhas e batendo os pés com força.


Quando chegaram em casa, Dona Antônia estava chorando.


- Eu falei para você não sair de casa. Hoje você vai pra cama sem janta.




Naquela noite Dom Quixote sonhou que estava dentro de uma caverna, lutando contra um dragão.

Parecia que ele havia dormido por séculos quando acordou, mas ainda era de madrugada. Ele escutou algo batendo gentilmente em sua janela. Era Sancho Pança: seu fiel escudeiro. Dom Quixote abriu a janela do quarto para seu amigo entrar.






- Você sabia que já somos famosos? Todas as crianças da vila estão fazendo de conta que são Dom Quixote e Sancho Pança.


- Precisamos de mais aventuras, Sancho. Disse Dom Quixote.


- Não, nós não precisamos de mais nenhuma aventura. Além disso, ainda é noite. Eu não quero ir para lugar algum no escuro. Balbuciou Sancho, balançando sua cabeça.


- Agora é a melhor hora para sair, meu amigo. O mágico esta dormindo, o encantador esta longe. Vamos! Dom Quixote mandou, pulando de sua cama.


O cavaleiro arrastou Sancho consigo. Eles andaram e andaram por muitos quilômetros até chegar na cidade de Toledo.


Dom Quixote não podia acreditar no que seus olhos viram no vale. Eram doze gigantes parados em formação, mexendo seus braços como se preparando para uma batalha.





- Procure por proteção, Sancho. Eles vão atirar pedras em nós. Exclamou Dom Quixote.


- Quem? Perguntou Sancho coçando sua cabeça.


- Como você não consegue ver os gigantes? Bradou Dom Quixote abrindo seus braços.


Eu vejo apenas moinhos de vento, respondeu Sancho, aliviado. 

Entretanto, ele não teve nem chance de dizer outra palavra. Dom Quixote via o que queria, não o que era real. Ele correu morro abaixo, empunhando sua espada de pão para o alto. Sancho não entendia o que estava acontecendo.




Uma das pás do moinho agarrou Dom Quixote pela sua jaqueta e ele foi atirado para cima, gritando para o gigante: - Eu vou fazer picadinho de você. O cavaleiro girou ainda duas vezes no moinho antes de se espatifar no chão.


Sancho correu para ajudar seu amigo, mas Dom Quixote não parecia machucado.


- Você não pode lutar contra moinhos de vento. Sancho gritou, bravo.


- Estou me sentindo muito mal, Sancho Pança. Dom Quixote murmurou. - Aquele gigante me bateu feio. Mas eu tenho uma receita para um chá mágico que vai me curar.


Sancho Pança tentou convencer Dom Quixote a ir pra casa.


- Que tal a gente voltar pra casa, tomar um chocolate quente e comer bolo de fubá?


O cavaleiro parecia ofendido e respondeu: - De jeito nenhum! Vá buscar os ingredientes para meu chá. Ele lamentou.


- E que tal bolo de chocolate? Sancho tentou.



- Vá logo de uma vez. Gritou Dom Quixote.


O aborrecido Sancho encontrou algumas folhas de menta para fazer o chá. E então misturou umas migalhas de pão, da espada de Dom Quixote, e algumas amoras. Ele deu o chá para Dom Quixote, dizendo que não só era mágico como também delicioso.


- Muito obrigado, meu escudeiro. Já estou me sentindo muito melhor. Suspirou o cavaleiro. Vamos continuar andando.


Eles estavam longe de casa e Sancho já estava cansado daquela brincadeira que não tinha mais graça. A imaginação de Alonso era impossível de se acompanhar.


O problema foi que o chá causou uma enorme dor de barriga em Dom Quixote.




- Sancho, eu preciso, mas preciso mesmo, usar o banheiro. Ele disse segurando suas calças. Onde fica o castelo mais próximo. Ele perguntou.


- O castelo mais próximo, seria o seu mesmo. Sancho respondeu. É voltar pra casa ou fazer o que você tem que fazer atrás daquela moitinha ali.


- Sancho, eu não posso fazer cocô atrás de uma moita! Você está doido? Exclamou Dom Quixote super ofendido. Muito bem, então. Vamos correr de volta pra casa. Ele exigiu.


Poucos passos depois, porque estava escuro e começando a chover, Dom Quixote escorregou em umas folhas molhadas e rolou para dentro de um buraco. O sortudo do Sancho, que estava atrás do cavaleiro, não caiu junto por um triz.






Quem você acha que Sancho foi procurar? Nicolas, é claro. Porém, ele trouxe Dona Antônia junto. Enquanto tentavam descobrir uma maneira de tirar o garoto de dentro do buraco, Dom Quixote se imaginava dentro de uma caverna, lutando contra um dragão, igualzinho ao livro que ele lia no começo dessa história.


Quando eles finalmente tiraram o menino do buraco, ele veio coberto de lama, com folhas e varetas na roupa e no cabelo. Seu rosto estava tão sujo que Dona Antônia apertou os olhos para ter certeza que era Alonso. O cheiro estava insuportável, como você pode imaginar.




Dona Antônia sempre amou a criatividade de Alonso, mas ela sabia que era hora dele usar sua imaginação de outra maneira.


Na manhã seguinte, Dona Antônia decidiu brincar no jardim com Alonso e Sancho. Ela fez de conta que era a Rainha de Castilha. Alonso era Dom Quixote e Sancho era o escudeiro mais uma vez. Então, ela disse: - Alonso, vamos parar de brincar um pouquinho.


- O que aconteceu, mamãe? Ele perguntou.


- Alonso, eu adoro sua imaginação. Ninguém que eu conheço cria histórias como você. Então, eu estava pensando... Que tal você escrever suas próprias histórias?”


- Posso fazer isso, mãe? Ele pulava de felicidade.


- É claro que você pode. Você pode colocar no papel todas as aventuras que você imagina. Você pode criar seus próprios cavaleiros, escudeiros e reis. Você pode dar seu nome pra eles. Mas, lembre-se: nem tudo o que você imaginar pode ser feito de verdade. Ela continuou.

- Eu sei, mãe. De verdade. Posso entrar e comecar a trabalhar nas minhas histórias? Ele perguntou.

- É claro, meu bem. Dona Antônia respondeu.

E foi assim que Alonso escreveu “As Aventuras do Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha”.







FIM

Don Quixote, by Miguel de Cervantes (for children)


Retold and illustrated by Camilla Juliana Gonzalez.

I would like to tell you a true story that I heard from my friend Cide Hamete. He told me about a boy named Alonso, who lived in a village of La Mancha, a region from Spain, in 1605. At that time, things were really difficult for the Spanish people: there was not much food, and their King, Philip III, was in war with other monarchs from Europe.





Alonso had a big imagination, and loved reading; but he didn’t like just any book. He enjoyed reading about knights, kings, and castles.

The story starts on Alonso’s yard, just like this.



“Alonso, come play outside, honey. It’s such a beautiful day!” called his mother, Dona Antonia, who was hanging laundry to dry. “I’m going to need help to feed the animals. Come help me, please.”

“I’m busy,” replied the boy from his bedroom without taking his eyes from a huge hardcover book.




“Leave your book and come to feed the pigs.” said his mom. “Sancho will be here anytime. Don’t you want to play with him?”

That was it! Playing with Sancho: his favorite activity. Sancho was his best friend; they had known each other since they were very young.

“What were you reading?” asked his mom.

“Oh, mom! It’s the best story ever. I was fighting a dragon to rescue peasants from a cave.” Alonso was so distracted that he fed the pigs corn kernels and the chickens, barley.



“You were not fighting a dragon. The knight from the story was. Oh, look what you did,” observed his mother. “Let me get more food for the animals.”

The pigs were pretty happy with the unexpected treat they received. Alonso tried to clean up his mess the best way possible, using an old broom. But instead of cleaning the grains, he used the broom as a play horse. “I’m going to name you Rocinante,” he declared. He found a copper basin to use it as a helmet. “Wow! I found the Golden Knight’s helmet,” he cried.

Then Sancho Panza arrived carrying a basket of bread, cheese and olives to deliver to Dona Antonia. He was a short, plump child with big cheeks and big eyes.


“Hello, Alonso. I brought the groceries your mom ordered. What are you playing?” asked Sancho. “I’m not playing. I’m a knight getting ready to go on an adventure,” stated Alonso. “And my name is Don Quixote.” Sancho knew that when his friend was pretending to be a knight there was not much else to do besides play along. Sancho said, “I’m sorry, Sir. I thought you were someone else. Would you please accept this basket of treats as my apologies?”

“Yes, apologies accepted. But you must follow me as a squire. Oh, I see you already brought my sword,” Don Quixote mentioned pointing to a loaf of bread from the basket.

“I’m not sure if your mother will like that you go outside the yard. Especially to be a famous knight,” responded Sancho. “Haven’t you just got better from a cold?”

“When I become a famous knight, I will be able to make you a governor of an island,” continued Don Quixote.

“An island just for me? That’s excellent! Thank you very much,” cried Sancho out loud.


“Let’s get going, Sancho Panza. Help me with my armor, please.” Don Quixote said putting on his dad’s jacket. “Take Dapple for your ride; she’s a gentle donkey.” he continued, giving Sancho a smaller broom.

“Where are we going?” inquired Sancho.

“Let’s go towards the city of Villanueva, Sancho. Something tells me that we are going to find the perfect adventure there.”

“We should use the King’s highway. It’s safer to travel there than to travel on the smaller roads,” added Sancho.

The two friends took the King’s highway South. A hundred paces away from the house, Don Quixote exclaimed: “Look Sancho Panza, my beautiful Dulcinea is walking on the garden, enjoying the warm sun.” “Who is Dulcinea?” asked Sancho, seeing just a peasant girl harvesting wheat by hand. “It’s my Lady from Tolboso. Why, isn’t she the most beautiful girl of the world? Don Quixote exclaimed.


Next stop on their adventure was at an inn. “Look at the four towers of the castle,” cried Don Quixote. Let’s cross the drawbridge carefully. Isn’t that grand, Sancho?” Sancho replied “No, it is not. That’s just an inn, and it is not a place for children,” and he sat by the door. But Alonso pretended that his squire was taking their horses to the stable to rest.


Don Quixote entered the inn expecting to meet the king. The king was actually the innkeeper who was eating breakfast with his guests. “Who are the parents of this lad?” He banged his fist on the table, dropping a basket of freshly baked biscuits.

Sancho tried to pull Don Quixote away from the dining room, but the owner was faster and grabbed the boy by his arm. “You are not leaving without your mom or your dad, kid.”

Then an older boy named Nicolas, who used to help the barber, spoke, “I know this lad, Sir, and I can take him home.” When they arrived, Dona Antonia was worried sick. “You should not leave the house and wander on the streets. I’m taking your books away for tonight.”


Later, Sancho went into his friend’s bedroom, wishing for a good story. “Hey, Alonso. Can you read for me?” “Sancho Panza, my good squire. A wizard took my books away. We should look for adventures outside,” declared Don Quixote. “I don’t think so. Your mother has just warned you…”, commented Sancho.

Don Quixote didn’t want to know about staying home. They escaped through the window and dashed across the yard. This time they took the King’s highway North.

Sancho Panza’s plan was to walk in a circle, hoping that Don Quixote would not notice. However, as soon as they started walking they saw two clouds of dust moving on the horizon.


“Look, Sancho,” shouted Don Quixote. “Two armies charging to fight each other. From here, I can see The Silver Knight on the right. And on the left, it’s the Black Knight.”

Don Quixote ran as fast as he could towards the dust. Sancho Panza stayed behind screaming “Those are flocks of sheep!”

The poor animals were scared and confused. They tried to escape going in all directions. Two shepherds ran after Don Quixote yelling for him to stop. Sancho also was running after his friend. “Stop”, he yelled, putting his hands on his head. The only thing that did stop the knight was the sheep. During their frantic escape, one of the animals knocked Don Quixote down.





Then, once more, Nicolas saved Don Quixote from trouble. He walked down from the hills and offered the shepherds some gold coins. He went back to where the boy was laying, put him on his shoulder and started to walk back to the village.

“Why are you carrying me, barber?” Don Quixote demanded feeling disrespected. “I really want to take you home,” responded Nicolas turning his eyebrows deep down and stomping his feet.

When they arrived home, Dona Antonia was crying “I told you not to leave. Tonight, you are going to bed without supper.”

                     



That night Don Quixote dreamed that he was inside a cave, fighting dragons. It felt as if he had slept forever when he woke up, but it was still the middle of the night. He heard something gently knocking on his window. It was Sancho Panza, his faithful squire. Don Quixote opened his bedroom window and his friend got inside.

“Did you know we are famous already?” Sancho exclaimed. “All the kids from the village are pretending to be us.”

“We need more adventures, Sancho.” stated Don Quixote.

“No, we don’t really need any more adventure. Besides, it is still night. I don’t want to go anywhere in the dark,” uttered Sancho shaking his head.

“Now it’s the best time to leave, my squire. The wizard is sleeping, the enchanter is away. Let’s just go.” Don Quixote demanded, jumping from his bed at once.

The knight dragged Sancho with him. They walked and walked for many miles before arriving in the hills of Toledo.

From down the valley, Don Quixote could not believe his eyes. Twelve giants stood in formation, moving their arms as if warming up for battle. “Look for protection, Sancho. They are going to throw rocks on us,” exclaimed the knight. “Who?” asked Sancho scratching his head. “How can’t you see the giants?” Don Quixote stated opening his arms. “I see only windmills,” replied Sancho, relieved. However, he didn’t even have a chance to say another word. Don Quixote saw what he wanted and not what was there. He ran downhill with his bread-sword in hand. Sancho couldn’t understand what was happening.

                    

One of the windmill’s sail got Don Quixote by his jacket and he flew into the air, yelling at the giant. “I’m going to get you and make mince pie.” The knight spun around the windmill twice until finally crashing down.

                      

Sancho ran to help his friend, but Don Quixote didn’t look injured. “You can’t fight windmills!” he cried. “I feel terrible, Sancho Panza.” Don Quixote mumbled. “That giant had the best of me. But I have a recipe for a magic tea that can cure me.”

Sancho Panza tried to convince Don Quixote to go home. “How about we go home, drink hot chocolate and eat cornmeal cake?” The knight looked offended and replied “Absolutely not! Go fetch the ingredients for my tea,” he wailed. “How about chocolate cake?” Sancho tried. “Just go,” yelled Don Quixote. Grouchy Sancho found some mint leaves to make tea, and then mixed it with berries and bread crumbs, from Don Quixote’s bread-sword. He gave Don Quixote the tea, telling him it was not only magic but delicious.

                      

“Thank you so much, my squire. I’m already feeling much better,” sighed the knight. “Let’s keep going.”

They were far from home, and Sancho was very tired of that play. It was no fun anymore. Alonso’s imagination was unbelievably difficult to keep up with.

The problem was that the tea gave Don Quixote a stomach ache. “Sancho, I really, really, need to use the bathroom,” he said holding his pants. “Where is the closest castle?” he asked. “The closest castle would be your own.” Sancho responded. “Either you go back home or you can do whatever you need behind that bush over there.” “Sancho, I can’t poop behind a bush! Are you out of your mind?” cried Don Quixote very offended. “Very well, then. Let’s run back home,” he demanded.

                      

A few paces away, because it was dark and starting to rain, Don Quixote slipped on wet leaves and rolled into a hole. Lucky Sancho, he was behind the knight and didn’t fall in.

                   

Who do you think Sancho went looking for? Nicolas, of course. However, he brought along Dona Antonia. While they were trying to figure out a way to get the child out of the hole, Don Quixote imagined himself inside a cave fighting a dragon; just like in his book at the beginning of this story.

 
When they finally pulled the boy from the hole, he came out covered in mud, with leaves stuck on his clothes and sticks on his hair. His face was so dirty that Dona Antonia was squeezing her eyes to make sure it was her son. The smell was terrible as you can imagine.


Dona Antonia always loved Alonso’s creativity, but she knew it was better for him to use his imagination another way.

On the next morning, Dona Antonia decided to play in the yard with Alonso and Sancho. She pretended to be the Queen of Castile. Alonso was Don Quixote and Sancho was the squire, once again. Then she told him. “Alonso, let’s stop playing for a moment.” “What happened, mom?” he questioned her.

“Alonso, I love your imagination. No one I know can make up stories as you do. So, I was wondering... how about you start writing your own stories?”

“Can I do that, mom?” he implored jumping up and down. “Of course, you can. You can put on paper all the adventures you have imagined. You can make up your own knights, squires and kings. You can name them after yourself. But, remember: not everything you imagine can be done for real,” she continued. “I know, mom. I really do. Can I go inside and work on my stories?” he asked. “Of course, honey,” his mother replied.

And that is how Alonso wrote “The Adventures of the Ingenious Knight Don Quixote of La Mancha”.




THE END